Bolívia, Colômbia e Chile receberam missões do programa do Governo de Goiás com saldo positivo para os empresários participantes
As missões internacionais do programa Inova Export, criado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), chegaram ao fim com saldo positivo de novos negócios para empresas goianas de inovação. Ao todo, foram três países da América do Sul visitados entre setembro e outubro de 2023: Bolívia, Colômbia e Chile.
O programa apoia a exportação de produtos ou serviços de empresas goianas de base tecnológica, tendo nas missões internacionais a sua última etapa. Ao todo, 18 participantes passaram por nove etapas de seleção e qualificação para prepará-los para a expansão de suas atuações no mercado externo.
A gerente de Internacionalização de Empreendimentos Inovadores da Secti, Sara do Socorro Silva, que acompanhou as missões, conta que as experiências foram muito produtivas. “Não só para os empresários, que puderam alcançar novos mercados, mas para o governo também”. Ela revela que estão sendo discutidas parcerias para o desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto. “Há boas possibilidades de parcerias com parques tecnológicos desses países”, diz.
Na programação, conferências de negócios, discussões e assinaturas de acordos foram destaque. Titular da Secti, José Frederico Lyra Netto ressalta que o balanço das missões foi positivo. “O foco é dar oportunidade para que esses empresários, em sua maioria pequenos, utilizem os ambientes de inovação também fora do país”, explica.
A Hoortech participou da missão rumo à Bolívia e elogiou o acompanhamento que a empresa obteve via Inova Export. “O programa abriu nossos olhos em busca de novos mercados, despertou nosso desejo de internacionalizar”, conta o representante, Rafael Pacheco.
Criada na capital goiana e focada em produtos e tecnologias para cultivo de alimentos em casa, o estabelecimento teve acesso à mão-de-obra qualificada para desburocratizar a internacionalização da empresa, o que, segundo Pacheco, foi fundamental para alcançar resultados positivos a médio e longo prazo. “Fico muito feliz com a tríplice aliança que está sendo concluída com sucesso. O Estado, em parceria com a UFG e os empresários, juntos trabalhando para desenvolver nosso mercado”, enfatiza.
Mercado
Entrar no mercado internacional era um passo que a empresa Interagi Tecnologia adiava. Segundo o sócio Regner Santos, que foi à missão para a Colômbia, a conquista de novos mercados é uma meta. “O Inova Export nos encorajou a sair da casinha do Brasil, do conforto do lar”, comenta. A empresa com foco em criar soluções tecnológicas para organizações no país, já vislumbra fechar parcerias fora. “Temos muita experiência em governo eletrônico e a Colômbia tem o Brasil como referência nessa área, então a gente deve fechar bons negócios”, comemora.
Para Marília Rodrigues, sócia da Vita Life, a principal dificuldade enfrentada no processo de exportação é “o custo de fazer o registro sanitário em outros países”. A indústria de cosméticos naturais, de Aparecida de Goiânia, já atendia clientes internacionais antes da incubação no Inova Export, porém, o percentual do faturamento de vendas para fora ainda representa a menor parte da receita. “Com o Inova Export, tendo a possibilidade de fazer o pagamento do registro, tenho uma perspectiva muito grande de fazer negócio”, frisa.
A Vita Life embarcou na missão para o Chile e os frutos colhidos foram além da seleção e capacitação. Agora, há clientes interessados em adquirir outras mercadorias produzidas pela indústria. “Ir sozinha a uma reunião é diferente de ir com respaldo de uma instituição”, comenta. Ela ainda lembra que “estar cara a cara com potenciais compradores faz toda a diferença”.
Fonte: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação — Governo de Goiás